Olhar Inventariante: 2009-10-04

09 outubro 2009

Revista Barzón

"Vagar sin meta, pero no sin rumbo" - Paseo sin dirección aparente, pero con la atención alerta al descubrimiento inminente. Deriva urbana a través de lo múltiple, lo nuevo y las cambiantes posibilidades que las sensibilidades abiertas no deján escapar.

Por recomendação de um colega do curso de arte do MARGS - Museu de Artes do Rio Grande do Sul conferi a singular Clásica y Moderna e lá conheci esta revista sem igual. Foi um grande prazer estar numa Livraria Portenha ímpar, de 1938, em que o piso é de paralelepípedo rústico, que ao caminhar se sente com o solado dos sapatos as irregularidades e para compensar o som ambiente é executado por um pianista. Nesta atmosfera descobri a híbrida, rica de informações e de um tremendo bom gosto: Barzón.

Na 54ª Feira do Livro de Porto Alegre fui muito bem atendida pela proprietária da Livraria do Arquiteto e tive a oportunidade de fazer uma assinatura. Adoro receber cada exemplar, pois o entregador toca a campainha e alcança com gentileza, isso é também o diferencial agradável, não é deixado na portaria ou posto num escaninho simplesmente.

Folhear a publicação é como saborear conhecimentos, porque é um veículo de conteúdo seleto e cultura, pois aborda design, estilos de vida, moda, arte, interiores y otras cositas más. A capa de cada edição é super elaborada e normalmente proporciona uma sensação tátil diferente. Me identifico com o conceito e a proposta de Barzón. É destinada para um público-alvo jovem, ativo e urbano, que valoriza a tecnologia e a inovação e procura fazer com que seu espaço seja o reflexo de sua identidade pessoal. O editor de design internacional é o Nicola Goretti e o design gráfico fica a cargo de Carolina Schavelzon.

Lisa Hough Jones

Na década de 80 quando estudava no ICBNA - Instituto Cultural Brasileiro Norte-americano era mencionada a patologia urbana "My car my second home", hoje como alternativa de repensar o caos e graças a tecnologia disponível temos o caminho inverso, a possibilidade de aliar o trabalho a um tipo de vida mais saudável, buscando outras formas de habitar e de encarar a atividade laboral. O neoruralismo é uma reinvenção de cenário na qual o indivíduo se sujeita a outro local, com ritmos diversos e apropriação do tempo livre. Nesta escolha a pervasividade é um aliado de peso, pois não se faz mais importante a presença física para formalidades empresariais, pode-se participar de uma reunião virtualmente, enviar materiais, assinar eletronicamente, ter controle e tomar decisões a distância, sem maiores prejuízos.